quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Um Parnasiano

Não. Minha poesia não é como a tua, a flor cuidada dos interiores silenciosos.(...)
Não nasci vendo o céu sereno e o mar azul,
Nasci recebendo na face a chicotada da neve das estepes imensas. (...)
Os meus versos, eu os atiro a esmo, na face dos maus.
São blocos de pedras que eu tiro da alma, com marteladas fortes.
Para construir, com a argamassa do sangue e das lágrimas,
O grande monumento, disforme e rude, ao sofrimento universal.
Não. Eu não tenho, como tu a alma de um grego.
Camilo de Jesus Lima

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